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POEMA DO UNIVERSO


Na praia à noite sozinha embala a tempestade
Como uma mãe que agita no seu colo
Para cá e para lá o canto da sua canção de verdade
Soneto do mundo, o seu protocolo
E canta para o seu rebento esta canção
Todas as esferas, cultivadas, não cultivadas, pequenas, grandes, sol, luas, planetas
Todas as distâncias de tempo, todas as formas inanimadas
Todas as almas, todos os corpos vivos, as borboletas
Todos os processos gasosos, aquosos, vegetais, minerais, os peixes
Todas as nações, cores, barbaridades, civilizações, a língua
Todos os escuros, os claros, as luzes e os feixes
Toda a identidade que existiu ou pode existir neste globo à míngua
Todas as vidas e mortes, todo o passado, o presente e o futuro
Todas as venturas, aventuras e desventuras
De um universo sempre prematuro
Foto: Brilha como o sol - João Viegas (olhares.aeiou.pt)

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