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ENIGMAS


É uma cobra ferida que desfralda o capuz
Um ar de deserto onde ressoam as chamadas
É sangue de cavalo andaluz
Raiva de leão batido pelo coração
É nuvem que se estende força do dilúvio
Força de vento alazão
Da canção dentro do búzio
É um relâmpago que racha o meu peito
A minha alma que perde o jeito
É o amor que trai a amizade
A mentira que trai a verdade
É o tempo que causa o efeito
Ou a causa que trai o conceito
É o espaço que amaina o corpo
A sombra que sabe a pouco
É o mistério de ser são
Num mundo quase louco
É o pensamento que se faz ódio
A vitória no cimo do pódio
É a noite que se faz dia
Numa bela e simples poesia

Foto: Praire - Hugo Macedo (olhares.aeiou.pt)

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Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)