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E comigo os poemas do avesso


Eram já velhas as saudades
Do espaço
Do bafo do teu corpo
Da arcada do teu braço
Eram já torpes as lembranças
Do bem que me fazes
Do frio que trazes
Do enrolar das tuas tranças
Eram já poucas as horas
Para pensar no meu regresso
No meu papel reimpresso
Neste livro onde moras

Cheguei
Regressei
E comigo as lembranças

As horas
Os livros

E comigo os poemas do avesso
Foto: #76 - Karomat (olhares.aeiou.pt)

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Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca