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FIZ DO TEU VENTO O MEU SOL


Descobri que no navegar à deriva
Não há direcção
Não há destino nem fado

Fiz do teu vento o meu sol

E do meu versejar

Um linguajar afiado

Descobri que posso gritar

E deitar a voz ao vento

E deitar a palavra ao chão

Sei o que o tempo pode curar

Mas sei que o vento não pode esperar

Descobri que a minha voz ecoa
Que posso cultivar silêncios

Que posso cantar à toa

E ver dançar os navios

Descobri que o meu porto é no teu mar

Que a minha pele está na tua casa

Que a minha pena

É apenas uma pena da tua asa

Descobri que no navegar à deriva

Não há direcção

Não há destino nem fado
Foto: My dream World - Ze Luis (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Este belo versejar demonstra a tua imensa capacidade escrever e encantar. Parabéns por cada palavra, por cada sentimento expresso.
(Imagem linda, também!)
Abraço fraterno.
Belas as palavras Parabéns , pela mensagem e pelo Blog.
Seria melhor ainda se o mundo visse as palavras que embelezam as almas.
Abraços.
Rodrigo.Ap.B.B

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