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AUTOBIOGRÁFICO I


Sempre fui
O maior dos meus próprios medos
Confidente de mim próprio
Ouvinte dos meus segredos
Sempre fui
O meu espelho
A areia do meu vidro
Ou o branco do vermelho
Sempre fui o meu rio
A minha carta de marear
A minha praia
O meu próprio navegar
Sempre fui
A minha imagem e a beleza
A alegria e a tristeza
O rir e o chorar
O gritar e calar
Sempre fui
A minha criança e adulto
O meu elogio ou insulto
Sempre fui
O pó e a estrada
A minha noite e a alvorada
Sempre fui e pouco mudo
Sou o meu nada
E o meu tudo

Foto: Espelho meu - luis azoia (olhares.aeiou.pt)

Comentários

ritz disse…
magnifico, lindo, amei $:
Beijinhos, amo o seu blog, sigo-o sempre que posso !

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MIA ROSE - QUALQUER COISA

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca

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Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)