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PODIA TER SIDO UMA HISTÓRIA ASSIM


Era a atitude, a pose, os olhos claros
Fulminantes de um bom sossego
Era a alma, aura azul da cor do céu
Era sentir o desassossego
Dos muros da idade debaixo do véu

Era a atitude, a voz e o silêncio
Silenciadores dos gritos
Era a alma, aura azul da cor do céu
Era sentir risos aflitos
Do teu olhar vigia do meu

Era a atitude, as mãos e os risos
Afagadores dos frios
Era a alma, aura azul da cor do céu
E ser salvador e naufrago dos rios

Era a atitude, os laços e os passos
Serenas pegadas leves
Era a alma, aura azul da cor do céu
Acenos de adeus breves

Era a atitude, os sorrisos e os abraços
Afagados e apertados
Era a alma, aura azul da cor do céu
Era sentir as madrugadas
Acordar do sonho
E levantar o véu
Foto: Raul Cordeiro (Ponte de Lima, Agosto 2009)

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Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

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Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca