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UMA PESSOA

Apalpo as minhas ideias
Com medo
Às vezes perigosamente mais rápidas que elas próprias
Rápidas e severas
Em segredo
Como um peixe em movimento
Picantes como garfos do cérebro
Sossegadas
Como cadeiras de relaxamento sem baloiço
Às vezes as minhas ideias riem alto de quem é dono delas
Tecem-se no escuro
E parecem fluir como gente
Intransigente
Gosto de uvas maduras e odeio gatos
Como poemas dissolvidos
Sem factos
Odeio facas levantadas sem carne à vista
E cebolas
E crimes sem pista
Não gosto de coisas sem nome
Devasto malmequeres e rosas de espinho
Uma pessoa
Um movimento
Um caminho

Comentários

Um devaneio
Um desabafo
Uma imensidão de palavras
Uma imagem
Saboreia cada pedaço de um gelado
de chocolate
Arrasa, devassa
uma vida

Um abraço de Portalegre!!!
PS: isto hoje está em devaneio total!!!!

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MIA ROSE - QUALQUER COISA

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca